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Alimento da Poesia

Marcelo Lavrador

O alimento da poesia pode vir da calma
Da serena harmonia
Com a palma na palma
Do seu bem-querer

O elemento que se cria sempre vem da alma
Como o raiar do dia
Que a noite espalma
Para o Sol nascer

Nem sempre a dor é o que inspira
Porque o amor ainda respira
Na espera da canção

Que bem quieta no seu canto
Surge como por encanto
Nas cordas de um violão

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