Aquela Criatura
Ricardo Peres
A gente ama, desama, reclama
Depois se separa
Num canto da mente foi
Cauterizado o amor que passou
Aquela ferida que tanto ardia, parece curada
Não resta mais nada, o vento levou
Até que o destino nos pregue uma peça
É vida que segue
O que não se vê, parece que morre
Isso é tão natural
Que grande engano
Pois basta um encontro no acaso do tempo
É um frio na espinha, abala geral
E quando eu penso que esqueci da criatura
Ela consegue sacudir minha estrutura
Ontem, alguém que me ensinou o verbo amar
Hoje é ninguém, mas sempre volta a incomodar
E quando eu penso que esqueci da criatura
Ela consegue sacudir minha estrutura
Ontem, alguém que me ensinou o verbo amar
Hoje é ninguém, mas sempre volta a incomodar
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